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Não podemos datar com exatidão a primeira extração por destilação do que chamamos de "óleos essenciais". Há alguns milhares de anos, ervas aromáticas, bálsamos e resinas eram empregados para embalsamar cadáveres, em cerimônias religiosas ou sacrifícios e nenhum documento que permaneceu daquela época, fala com exatidão do uso de óleos essenciais isolados.
A história da aromaterapia pode ser resumida em quatro grandes épocas.
A primeira é aquela no curso da qual eram utilizadas as plantas aromáticas tais como elas são: na alimentação, inicialmente sob a forma de macerações e, em seguida, em infusões ou decantações.
A segunda na qual as plantas aromáticas eram queimadas ou postas para infundir ou macerar em um óleo vegetal. Nesta época, surgiu a noção de atividade ligada à substância odorificante.
Durante a terceira época, interveio a pesquisa de extração desta substância odorificante. É o nascimento do conceito de “óleo essencial” que resultou na criação e no desenvolvimento da destilação.
Por fim, no período moderno, no qual o conhecimento dos componentes dos óleos essenciais é levado em conta para explicar as atividades físicas, químicas, bioquímicas e, recentemente, eletrônicas dos aromas vegetais.
Há 40.000 anos, as populações aborígines presentes no continente australiano tiveram que aprender a se adaptar às muito duras condições de vida do seu meio. Eles conseguiram isso de maneira extraordinária, em particular, desenvolvendo um excepcional conhecimento da flora indígena, Assim, eles utilizavam freqüentemente as folhas de Melaleuca alternifolia, cujo óleo essencial é de grande importância no “arsenal” aromaterapêutico moderno.
Os três grandes berços geográficos da civilização aromática: os Hindus, a China e a Bacia do Mediterrâneo nos legaram conhecimentos e procedimentos cuja validade é ainda hoje atual. Um alambique feito em terra cozida descoberto no Paquistão parece remontar a 5.000 anos de nossa era.
O Continente Indiano é uma das regiões do mundo mais ricas em plantas aromáticas: elas estão, desde há muito tempo, em destaque no tratamento dos problemas de saúde. Há mais de 7.000 anos, as “águas aromáticas” eram ali conhecidas e utilizadas. Os perfumes eram largamente utilizados na medicina, os Rishis recomendavam seu uso no decorrer dos sacrifícios religiosos, mas também para tratar o corpo e o espírito. A Índia é o país de origem do manjericão, onde ele era sagrado. Surgidos há 3.000 anos, o RigVeda e o Suçrutasamhitâ descrevem numerosas fórmulas de banhos e massagens onde eram utilizados. O cálamo, os capins do gênero Andropogon (capim limão, cidreira, citronela, vetiver, etc), o espicanardo, a canela, o cardamono, o coentro, o gengibre, a mirra em meio a mais de 700 substâncias aromáticas são citados. Estas eram utilizadas na função de suas ações psicológicas. As oficinas comportavam instalações para sua destilação. Eles eram provavelmente extratos alcoólicos (não óleos essenciais puros) e não eram empregados simplesmente como perfumes, mas possuíam usos, segundo o Rig Veda, tanto em cerimônias religiosas, quanto num sentido terapêutico.
Os persas já utilizavam óleos
essenciais na cura de epidemias. |
A medicina ayurvédica codificou o uso de numerosas plantas aromáticas como: Coriandrum sativum, Cinamomum verum, etc.
Na Mesopotâmia, uma inscrição que remonta aproximadamente 4.000 anos faz menção da utilização de óleos nos quadros de ritos religiosos, mas igualmente na luta contra “epidemias”.
Na Babilônia, uma forma primeira de aromaterapia consistia em fazer queimar cipreste e outras plantas aromáticas para lutar contra os espíritos malfeitores considerados como provocadores de doenças e, em particular, de miasmas.
Na China, 3.500 anos antes de nossa era, ao longo do Rio Jovem, as madeiras aromáticas eram utilizadas como incenso.
É provável que nesta mesma época, no mesmo lugar, foi descoberto o processo de extração de óleos essenciais a partir da infusão de plantas. Há 4.500 anos aproximadamente, Shen Nung redigiu o mais importante tratado de fitoterapia, no qual cita numerosas plantas aromáticas. Nesta mesma época, o Houang-Ti Nei-Jing Su-Wen fazia referências à utilização de preparações óleo-aromáticas para a massagem. O livro de medicina interna do antigo Imperador Amarelo da China, fala sobre o uso de remédios aromáticos como o opium e o gengibre, muitos destes empregados não só terapêuticamente, mas inclusive em cerimônias religiosas como o Li-ki e Tcheou-Li.
Shen-Nung, autor do mais antigo livro
de medicina da China que se tem conhecimento. Escrito em 2.500 a.C. já descrevia curas através da aromaterapia. |
Em torno da Bacia do Mediterrâneo, o uso de plantas aromáticas ocupava um lugar preponderante tanto na vida cotidiana quanto nos rituais. Não é sempre fácil, baseando-se sobre tradições das quais não dispomos, fazer corresponder com precisão os nomes citados com as plantas botanicamente definidas hoje.
No Egito, entre 3.000 e 2.000 antes de nossa era, época na qual um método rudimentar de destilação era utilizado, o uso das plantas aromáticas atingiu um desenvolvimento importante. Os médicos desta época as utilizavam para tratar as doenças, mas também na ocasião de práticas mágicas, religiosas e esotéricas. As plantas utilizadas, assim como os seus derivados, eram, em grande parte, de origem local, mas um certo número era regularmente importados da Etiópia e do Extremo-Oriente. Os antigos egípcios isolaram vários perfumes e conheciam os óleos essenciais de terebintina e de mastique, sem dúvida o primeiro óleo essencial, obtido a partir da destilação a seco. Referências em manuscritos datados de 2.000 A.C. falam de "finos óleos, perfumes e os incensos de templos usados para a adoração de Deus". Eles queimavam olíbano ao nascer do sol oferecendo ao Deus sol, Rá, e mirra que era oferecido à lua. Vasos de alabastro encontrados em antigas tumbas dos faraós continham óleos essenciais e datavam de mais de 6.000 atrás. Os egípcios empregaram gomas e óleos no processo de embalsamento de cadáveres, eram peritos na área de cosmetologia e reconhecidos por seus preparados de ervas.
Os vinhos aromáticos eram utilizados por suas virtudes anestésicas. No entanto, é na mumificação, constituída na impregnação completa dos tecidos do defunto com uma mistura de extratos aromáticos, e de maneira particular de óleos de cedro e de manjericão, que seu uso nos deixou traços mais precisos. Enfim, as fumigações aromáticas eram largamente utilizadas a partir da mistura de sessenta plantas: o Kyphi. Este era igualmente empregado como remédio e queimado nas habitações para desinfetá-las. Esta mistura fito-aromática continuará a ser amplamente utilizada na Grécia e em Roma.
Aproximadamente 1.500 anos antes de Cristo, os escritos atribuídos a Imhotep indicam receitas que se assemelham a aromaterapia moderna; Nesta época, no Egito, mesmo que os óleos essenciais não sejam assinalados nomeadamente, as plantas aromáticas já eram amplamente utilizadas. Estas últimas, como gomo-resinas aromáticas, eram transformadas por infusão em óleos vegetais, este que beirava as essências vegetais, base da preparação de ungüentos aromáticos.
Os frutos de Juniperus communis e as cascas de Cinnamomum verum eram freqüentemente utilizadas nesta época, seja maceradas em óleos sob a forma de ungüentos ou de vinhos medicinais, seja, bem provavelmente, sob a forma de óleos essenciais.
Sabe-se que foram os Egípcios que criaram o termo “perfume”, do latin per fumum que se traduz como fumaça. Os homens egípcios utilizam fragrâncias tanto quanto as mulheres. Uma forma interessante que eles usavam para perfumarem-se a eles mesmos era colocar um cone sólido de perfume sobre suas cabeças. Este gradualmente derretia e o enchia de todo o cheiro.
Por sua vez, os Hebreus empregavam os aromas sobretudo na ocasião de ofícios religiosos. Pode-se ler sobre este tema na Bíblia, na seguinte passagem: O Senhor falou para Moisés, dizendo: “Pega aromas de primeira qualidade: cinco quilos de mirra virgem, dois quilos e meio de cinamomo aromático, dois quilos e meio de cana aromática, cinco quilos de cássia, segundo o peso do santuário, e nove litro de azeite de oliva." Farás disto um óleo para a unção sagrada, uma mistura de especiarias preparada segundo a arte da perfumaria.
Mas eles conheciam também as virtudes medicinais e, frequentemente untavam todo o corpo com misturas, tanto para tratar de doenças, como para elevar suas almas. Quanto aos Gregos, eles fizeram um largo consumo de substâncias odoríficas naturais e diversas obras foram escritas para louvar suas propriedades e indicar as melhores regiões de produção.
Três séculos após Hipócrates, Asculépio, amigo íntimo de Cícero, estava sem dúvida, próximo ao conceito anglo-saxão atual de aromaterapia, pois ele utilizava a massagem aromática, ao qual ele associava a música, os banhos e os vinhos. Mais tarde, uma utilização mais sistemática de aromas se desenvolveu na Grécia, de maneira bem particular sob a forma de massagens.
Teofrasto, autor do Tratado dos Odores, remarca o interesse terapêutico dos perfumes e observa os princípios fundamentais da ação dos óleos essenciais sobre os órgãos internos. Vai mesmo indicar os perfumes convenientes para cada parte do corpo da mulher...
Um perfumista grego, que tinha o nome de Megallus, criou um perfume chamado “megaleion”. O megaleion incluía mirra em uma base de óleo graxo e servia para uma série de finalidades: (1) para perfumar (2) para uso como anti-inflamatório da pele (3) para curar feridas.
Os romanos, grandes conhecedores dos perfumes, conheciam os óleos aromáticos e teriam tomado muito deste seu conhecimento dos gregos. Dioscorides Pedanius, antigo médico grego, no primeiro século durante o reinado de Nero, escreveu um trabalho sobre "matéria médica", que foi reproduzido posteriormente pelos árabes. Ele havia pesquisado as origens da invenção da destilação depois que notou as possibilidades médicas das águas destiladas (hidrossóis). Este tratado permaneceu uma referência para toda medicina ocidental durante um milênio. Este autor conhecia o Kyphi por suas propriedades anti-espasmódicas e inúmeras outras virtudes. O Juniperus phoenicea, considerou como sendo um útil espermicida.
Os romanos, grandes conhecedores dos perfumes, conheciam os óleos aromáticos e teriam tomado muito deste seu conhecimento dos gregos. Dioscorides Pedanius, antigo médico grego, no primeiro século durante o reinado de Nero, escreveu um trabalho sobre "matéria médica", que foi reproduzido posteriormente pelos árabes. Ele havia pesquisado as origens da invenção da destilação depois que notou as possibilidades médicas das águas destiladas (hidrossóis). Este tratado permaneceu uma referência para toda medicina ocidental durante um milênio. Este autor conhecia o Kyphi por suas propriedades anti-espasmódicas e inúmeras outras virtudes. O Juniperus phoenicea, considerou como sendo um útil espermicida.
Muitos romanos não possuíam banheiras em suas casas. Eles iam a grandes casas de banho públicas. Estes lugares, além de servirem para eles se limparem, eram também centros sociais onde os romanos faziam amigos e conversavam. Nas saunas romanas (caldários), ervas aromáticas eram infusas na água para aromatização.
O primeiro dos documentos escritos sobre a história da destilação vai até os escritos de Geber, no século IX, onde descrevia a destilação a seco e a hidrodestilação parecem ter sido os inventores da destilação propriamente dita. Durante as Cruzadas o conhecimento dos óleos aromáticos e perfumes difundiu-se para o leste e Arábia. Ibn Sina (chamado deAvicena) 980 D.C - 1037 D.C., produziu o primeiro óleo essencial puro retirado da Rosa centifolia. Ele fez um amplo uso dos óleos essenciais na terapêutica. Mais tarde, nomeado, “príncipe dos médicos”, este imenso prático publicou mais de cem obras médicas, incluindo o célebre Cânone de Medicina, que faz referência a inúmeros óleos essenciais.
Os Árabes permitiram uma considerável evolução da química e da técnica da destilação. Eles produziram numerosos perfumes, especialmente a Damas. Mesmo que o interesse terapêutico de óleos essenciais era pouco conhecido na época, pode-se atribuir a eles o título de “fundadores da aromaterapia”.
Nenhuma outra nação esteve tão bem treinada em alquimia, medicina e terapias naturais do que os árabes. Os doutores árabes e alquimistas inventaram a "serpentina" com o objetivo de refrigerar os produtos destilados. A primeira descrição autêntica a respeito de óleos essenciais foi feita detalhadamente por Arnold Villanova de Bachuone no século XIII onde relacionava terebintina e alecrim com a sálvia. Porém, as ervas eram inicialmente maceradas em "l'eau de vie" ou fermentadas em água (devido à presença de álcool) e a separação dos óleos essenciais não era feita ao fim do processo, obtendo-se assim somente águas aromáticas destiladas. No mesmo século muitos óleos essenciais como amêndoas amargas, arruda, canela, sândalo e rosa foram destilados, muitos pela primeira vez. Em fins dos séculos XV Jerome Brunschwing, doutor em Strasbourg, menciona o espicanardo, terebintina, madeira de junípero e alecrim. A intenção das destilações era de se obter a Quinta Essência tão almejada pelos alquimistas.
Por volta do ano de 1200, o rei Felipe Augusto II reconheceu a profissão de perfumista, concedendo a licença para a abertura de locais específicos destinados à comercialização de suas criações.
No século XII, uma freira chamada Hildegard, cultivou e destilou o óleo da lavanda com intenção de utilizar suas propriedades medicinais. No século seguinte (XIII), a indústria farmacêutica nasceu. Este evento encorajou a destilação de um grande número de óleos essenciais.
Em 1563, Giovanni Battista Della Porta escreveu "Liber de distillatione", com o objetivo de especificar claramente os óleos carreadores, os óleos essenciais e os métodos de separar os óleos essenciais das aromáticas águas destiladas.
Durante o século XIV, a peste negra matou milhões de pessoas. Preparados de ervas foram utilizados extensivamente para tratar as pessoas doentes. É de crença que alguns perfumistas não contraíram a praga devido ao seu constante contato com aromas naturais. Os médicos desta época, utilizavam uma roupagem específica e um nariz longo contendo vinagre, ervas e óleos essenciais que lhes protegiam de contrair a peste através da inalação. Com o século XV, mais plantas foram destiladas para criar óleos, incluindo olíbano, junípero, rosa, sálvia e alecrim. O aumento de livros sobre ervas e suas propriedades também cresceu no final deste século. A Paracelso, um alquimista, médico e pensador, é creditada a criação do termo “essência” e seus estudos radicalmente mudaram a natureza da alquimia e ele enfocou a utilização de plantas como remédios.
O nome “aromaterii” dado aos boticários durante o século XV, dá uma ideia do lugar ocupado pelas plantas aromáticas e seus extratos na medicina da época.
Durante o século XVI, qualquer um podia comprar óleos num “boticário”, e muitos novos óleos essenciais foram então introduzidos comercialmente. Neste século e no seguinte, a perfumaria começou a ser considerada uma forma de arte.
No século XIX, a perfumaria gerou uma próspera indústria. Os perfumes eram guardados em vidros que eram verdadeiras obras de arte. Também neste século os principais constituintes de óleos essenciais foram isolados.
A capacidade dos óleos essenciais de neutralizar os germes é hoje indiscutível. Mas os trabalhos experimentais primordiais neste domínio foram empreendidos na França por Chamberland, em 1887. Em 1888, Codéac e Meunier publicaram os resultados de suas pesquisas neste tema (Anais do Instituto Pasteur). Numerosas verificações, in vitro, deram resultados concordantes.
Durante o século XX, o conhecimento de separar os constituintes de óleos essenciais foi utilizado para criar químicos sintéticos e remédios. Acreditava-se que pela separação dos principais constituintes e seu uso isolado ou obtendo-os de forma sintética, era mais econômico e mais eficaz terapêuticamente. Estas descobertas ajudaram na formação da “medicina atual” e das fragrâncias sintéticas. Isso, contudo enfraqueceu a utilização de óleos essenciais como remédios.
Em 1910 o Dr. Otto Wallach ganhou o prêmio Nobel em química pelo seu trabalho na análise e identificação dos componentes primários (terpenos) dos óleos essenciais das plantas aromáticas.
Em 1949 foi criada a “The Fragrance Foundation” por seis líderes da indústria de perfumaria, Elizabeth Arden, Coty, Guerlain, Helena Rubenstein, Chanel e Parfums Weil. Foi criada com a intenção de desenvolver programas educacionais a respeito da importância e prazeres das fragrâncias para o público americano.
Outros aromaterapeutas importantes do século XX foram Jean Valnet, Marguerite Maury e Robert B. Tisserand.
Robert B. Tisserand é um aromaterapeuta inglês que foi responsável por ter sido um dos primeiros indivíduos a ensinar a respeito de aromaterapia às nações de língua inglesa. Ele escreveu livros e artigos incluindo uma das publicações mais importantes na área que foi “The Art of Aromatherapy” (1977). Este foi o primeiro livro de aromaterapia publicado em inglês.
No Reino Unido a terapia com óleos essenciais foi introduzida através da profissão da terapia da beleza (estética e cosmetologia). O código de práticas das terapias de beleza na Inglaterra não permite a administração de nada oralmente e isto ficou registrado nos códigos das primeiras associações de Aromaterapia e as últimas têm feito o mesmo. Assim, a prática clínica com estudo aprofundado de química e utilização oral na França deixou lugar para uma forma mais simples de uso dos óleos através do uso de cremes, massagem e inalação. Este novo modelo fez a técnica se dividir em dois grandes sistemas, o que podemos denominar hoje de aromaterapia francesa (ou aromatologia - mais profunda) e a aromaterapia Inglesa (mais simples). Até o presente momento, o FDA ainda não aprova a utilização oral de óleos essenciais, contudo muitos óleos são empregados desta maneira na Europa e em alguns lugares de forma comum e popular. A ANVISA no Brasil, ainda não possui nenhuma legislação neste sentido. O ponto crítico desta diferença envolve duas questões: 1º - A falta em alguns países de cursos com uma base de conhecimentos mais aprofundados e embasados em estudos científicos (bioquímicos e terapêuticos) e 2º - A forte pressão da Indústria farmacêutica sobre governos para restrição da venda e prática de alternativas naturais não alopáticas, dado ao contínuo aumento da utilização de produtos e práticas holísticas que tem ocasionado perdas anuais de alguns bilhões de dólares para os grandes laboratórios.
Desde a segunda metade dos anos 70, a utilização da aromaterapia tomou uma nova força na França, com os trabalhos do Dr. Pierre Franchomme primeiramente e em seguida seu discípulo Daniel Pénöel, que em colaboração com numerosos outros médicos, farmacêuticos, biólogos e pesquisadores, estudaram os óleos essenciais, perseguindo e suscitado trabalhos em aromaterapia.
Em 1982, uma parte da “The Fragrance Foundation” fundou o “Sense of Smell Institute”, uma organização sem fins lucrativos devotada a dar suporte à pesquisa científica e psicológica em universidades e hospitais ao redor do mundo relacionados a esclarecer os mistérios e importância do sentido do olfato e os efeitos benéficos das fragrâncias. Juntas, criaram a terminologia “Aromacologia” em 1989 em Nova York com a intenção de definir cientificamente a influência dos cheiros sobre as emoções e sentimentos.
Nos finais do século XX e no início do século XXI, houve um resurgimento da utilização de produtos mais naturais, incluindo óleos essenciais para benefícios cosméticos e aromáticos. A utilização de óleos essenciais nunca parou, mas a revolução científica diminuiu a popularidade e uso de óleos essenciais na vida diária das pessoas. Hoje, com a disponibilidade de maior número de informações na internet, artigos, livros publicados e cursos disponíveis, as pessoas tem novamente voltado-se ao uso dos óleos essenciais em suas vidas, seja como cosméticos, perfumes, finalidades religiosas ou remédios.
© Laszlo Aromaterapia Ltda.
Texto do livro: Introdução à Aromatologia – Ed. Laszlo (em prelo)
Retirado do site: http://laszlo.ind.br/default.asp?pagina=historia
Referências:
AGORA, The Aromatherapy Global Online Research Archives -
http://www.nature-helps.com/agora/agora.html
FLÉGNER, Fábián László – Aromaterapia para iniciantes – Ed. Laszlo, 2010
________, Fábián László – Guia de óleos essenciais de todo o mundo – Ed. Laszlo, 2009
FRANCHOMME, P., PENOEL, D. L'aromatherapie exactement. Limoge: Roger Jollois, 1996.
GATTEFOSSÉ, René-Maurice. Gattefossé's Aromatherapy. Saffron Walden, UK: The C.W. Daniel Company Limited, 1993.
LAWLESS, Julia. The Illustrated Encyclopedia of Essential Oils. Rockport, MA: Element Books, Inc., 1995.
MANNICHE, Lise. Sacred Luxuries: Fragrance, Aromatherapy & Cosmetics in Ancient Egypt. Ithaca, NY: Cornell University Press, 1999.
Penny Price Academy: www.penny-price.com
PRICE, Shirley. Shirley Price's Aromatherapy Workbook. London, UK: Thorsons, 1993.
TISSERAND, Robert B. The Art of Aromatherapy. Rochester, VT: Healing Arts Press, 1977.
Os Árabes permitiram uma considerável evolução da química e da técnica da destilação. Eles produziram numerosos perfumes, especialmente a Damas. Mesmo que o interesse terapêutico de óleos essenciais era pouco conhecido na época, pode-se atribuir a eles o título de “fundadores da aromaterapia”.
Por volta do ano de 1200, o rei Felipe Augusto II reconheceu a profissão de perfumista, concedendo a licença para a abertura de locais específicos destinados à comercialização de suas criações.
No século XII, uma freira chamada Hildegard, cultivou e destilou o óleo da lavanda com intenção de utilizar suas propriedades medicinais. No século seguinte (XIII), a indústria farmacêutica nasceu. Este evento encorajou a destilação de um grande número de óleos essenciais.
Em 1563, Giovanni Battista Della Porta escreveu "Liber de distillatione", com o objetivo de especificar claramente os óleos carreadores, os óleos essenciais e os métodos de separar os óleos essenciais das aromáticas águas destiladas.
Durante o século XIV, a peste negra matou milhões de pessoas. Preparados de ervas foram utilizados extensivamente para tratar as pessoas doentes. É de crença que alguns perfumistas não contraíram a praga devido ao seu constante contato com aromas naturais. Os médicos desta época, utilizavam uma roupagem específica e um nariz longo contendo vinagre, ervas e óleos essenciais que lhes protegiam de contrair a peste através da inalação. Com o século XV, mais plantas foram destiladas para criar óleos, incluindo olíbano, junípero, rosa, sálvia e alecrim. O aumento de livros sobre ervas e suas propriedades também cresceu no final deste século. A Paracelso, um alquimista, médico e pensador, é creditada a criação do termo “essência” e seus estudos radicalmente mudaram a natureza da alquimia e ele enfocou a utilização de plantas como remédios.
O nome “aromaterii” dado aos boticários durante o século XV, dá uma ideia do lugar ocupado pelas plantas aromáticas e seus extratos na medicina da época.
Durante o século XVI, qualquer um podia comprar óleos num “boticário”, e muitos novos óleos essenciais foram então introduzidos comercialmente. Neste século e no seguinte, a perfumaria começou a ser considerada uma forma de arte.
A capacidade dos óleos essenciais de neutralizar os germes é hoje indiscutível. Mas os trabalhos experimentais primordiais neste domínio foram empreendidos na França por Chamberland, em 1887. Em 1888, Codéac e Meunier publicaram os resultados de suas pesquisas neste tema (Anais do Instituto Pasteur). Numerosas verificações, in vitro, deram resultados concordantes.
Durante o século XX, o conhecimento de separar os constituintes de óleos essenciais foi utilizado para criar químicos sintéticos e remédios. Acreditava-se que pela separação dos principais constituintes e seu uso isolado ou obtendo-os de forma sintética, era mais econômico e mais eficaz terapêuticamente. Estas descobertas ajudaram na formação da “medicina atual” e das fragrâncias sintéticas. Isso, contudo enfraqueceu a utilização de óleos essenciais como remédios.
Em 1910 o Dr. Otto Wallach ganhou o prêmio Nobel em química pelo seu trabalho na análise e identificação dos componentes primários (terpenos) dos óleos essenciais das plantas aromáticas.
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Em 1949 foi criada a “The Fragrance Foundation” por seis líderes da indústria de perfumaria, Elizabeth Arden, Coty, Guerlain, Helena Rubenstein, Chanel e Parfums Weil. Foi criada com a intenção de desenvolver programas educacionais a respeito da importância e prazeres das fragrâncias para o público americano.
Outros aromaterapeutas importantes do século XX foram Jean Valnet, Marguerite Maury e Robert B. Tisserand.
Este movimento presente em diversas escolas permitiu milhares de médicos se formarem na prática de uma nova técnica anti-infecciosa. Uma dinâmica médico-farmacêutica original, resultando da associação de farmacêuticos sempre desejosos de responder eficazmente às prescrições dos práticos e de certos laboratórios de biologia que praticavam os aromatogramas encorajados por centenas de milhares de pacientes desejosos de estarem no primeiro lugar para as aplicações deste movimento e das ramificações entendidas. Convêm ressaltar aqui a posição particular da França, ao menos sob o plano da prática da aromaterapia médica, e especialmente anti-infecciosa. Muito rapidamente, os farmacêuticos engajados não hesitaram em afixar a palavra “Aromaterapia” em suas vitrines, inscrição inconcebível dentro deste conceito em países anglo-saxões, onde o termo “Aromatherapy” recobre toda uma outra realidade. Recorrendo a este procedimento após o excelente popularizador que foi Jean Valnet, as escolas de Jean Claude Lapraz e Christian Duraffourd por um lado, e de Paul Belaiche de outro, assim como outros agrupamentos espalhados pelo país, efetuaram os trabalhos de aprofundamento sobre as atividades e aplicações terapêuticas de extratos aromáticos. |
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Robert Tisserand foi responsável pelo lançamento do primeiro livro de aromaterapia em inglês "The Art of Aromatherapy" |
No Reino Unido a terapia com óleos essenciais foi introduzida através da profissão da terapia da beleza (estética e cosmetologia). O código de práticas das terapias de beleza na Inglaterra não permite a administração de nada oralmente e isto ficou registrado nos códigos das primeiras associações de Aromaterapia e as últimas têm feito o mesmo. Assim, a prática clínica com estudo aprofundado de química e utilização oral na França deixou lugar para uma forma mais simples de uso dos óleos através do uso de cremes, massagem e inalação. Este novo modelo fez a técnica se dividir em dois grandes sistemas, o que podemos denominar hoje de aromaterapia francesa (ou aromatologia - mais profunda) e a aromaterapia Inglesa (mais simples). Até o presente momento, o FDA ainda não aprova a utilização oral de óleos essenciais, contudo muitos óleos são empregados desta maneira na Europa e em alguns lugares de forma comum e popular. A ANVISA no Brasil, ainda não possui nenhuma legislação neste sentido. O ponto crítico desta diferença envolve duas questões: 1º - A falta em alguns países de cursos com uma base de conhecimentos mais aprofundados e embasados em estudos científicos (bioquímicos e terapêuticos) e 2º - A forte pressão da Indústria farmacêutica sobre governos para restrição da venda e prática de alternativas naturais não alopáticas, dado ao contínuo aumento da utilização de produtos e práticas holísticas que tem ocasionado perdas anuais de alguns bilhões de dólares para os grandes laboratórios.
Em 1982, uma parte da “The Fragrance Foundation” fundou o “Sense of Smell Institute”, uma organização sem fins lucrativos devotada a dar suporte à pesquisa científica e psicológica em universidades e hospitais ao redor do mundo relacionados a esclarecer os mistérios e importância do sentido do olfato e os efeitos benéficos das fragrâncias. Juntas, criaram a terminologia “Aromacologia” em 1989 em Nova York com a intenção de definir cientificamente a influência dos cheiros sobre as emoções e sentimentos.
Nos finais do século XX e no início do século XXI, houve um resurgimento da utilização de produtos mais naturais, incluindo óleos essenciais para benefícios cosméticos e aromáticos. A utilização de óleos essenciais nunca parou, mas a revolução científica diminuiu a popularidade e uso de óleos essenciais na vida diária das pessoas. Hoje, com a disponibilidade de maior número de informações na internet, artigos, livros publicados e cursos disponíveis, as pessoas tem novamente voltado-se ao uso dos óleos essenciais em suas vidas, seja como cosméticos, perfumes, finalidades religiosas ou remédios.
© Laszlo Aromaterapia Ltda.
Texto do livro: Introdução à Aromatologia – Ed. Laszlo (em prelo)
Retirado do site: http://laszlo.ind.br/default.asp?pagina=historia
Referências:
AGORA, The Aromatherapy Global Online Research Archives -
http://www.nature-helps.com/agora/agora.html
FLÉGNER, Fábián László – Aromaterapia para iniciantes – Ed. Laszlo, 2010
________, Fábián László – Guia de óleos essenciais de todo o mundo – Ed. Laszlo, 2009
FRANCHOMME, P., PENOEL, D. L'aromatherapie exactement. Limoge: Roger Jollois, 1996.
GATTEFOSSÉ, René-Maurice. Gattefossé's Aromatherapy. Saffron Walden, UK: The C.W. Daniel Company Limited, 1993.
LAWLESS, Julia. The Illustrated Encyclopedia of Essential Oils. Rockport, MA: Element Books, Inc., 1995.
MANNICHE, Lise. Sacred Luxuries: Fragrance, Aromatherapy & Cosmetics in Ancient Egypt. Ithaca, NY: Cornell University Press, 1999.
Penny Price Academy: www.penny-price.com
PRICE, Shirley. Shirley Price's Aromatherapy Workbook. London, UK: Thorsons, 1993.
TISSERAND, Robert B. The Art of Aromatherapy. Rochester, VT: Healing Arts Press, 1977.